Reintrodução da MANTA BIROSTRIS no seu habitat natural

Oceanário reintroduz Manta birostris no seu habitat natural.

O Oceanário de Lisboa reintroduziu a Manta birostris no seu habitat natural, no dia 12 de Abril. A operação realizou-se ao largo do cabo Espichel, local onde é conhecida a passagem desta espécie, e foi a primeira do género a nível mundial, envolvendo uma complexa logística de meios e recursos.
O animal leva consigo dois transmissores via satélite que permitirão, a médio prazo, recolher dados inéditos para a ciência.
Após cerca de quatro anos no Oceanário, o exemplar da maior espécie de raias do mundo mede 3,5 metros e encontra-se em óptimas condições de saúde.
O Oceanário de Lisboa optou pela restituição deste espécimen ao oceano por não ser possível prever se um animal que pode atingir mais de sete metros se consegue adaptar às condições deste aquário.
Durante a sua permanência no Oceanário de Lisboa foi possível recolher dados novos para a ciência sobre a Manta birostris, tendo o estudo sido alvo de desenvolvimento de uma tese de doutoramento.
Em Novembro de 2002, o Oceanário de Lisboa tornou-se no único aquário público da Europa e Estados Unidos a ter uma Manta birostris na sua colecção animal. Capturado em águas algarvias, este espécime media, na altura, 1,6 metros.

Sobre a Manta birostris

A Manta birostris é a maior raia existente, podendo atingir 8 metros e 1.500 Kg.
Distingue-se por possuir uma cabeça grande, com apêndices cefálicos amplos, com a função de canalizar o plâncton e pequenos peixes para a boca, barbatanas peitorais longas e boca terminal (à frente).
A Manta birostris vive, principalmente, em águas temperadas e tropicais, perto da costa, podendo também ser encontrada em águas mais profundas.
Uma fêmea adulta dá à luz apenas uma cria em cada três anos. As pequenas mantas podem nascer com 1,2 metros de envergadura e duplicar de tamanho no primeiro ano de vida.
Estima-se que a sua esperança média de vida possa atingir os 20 anos.