Bairro da Sacor

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Como maltratamos a nossa língua...

Com a familiaridade com que temos com as telecomunicações, nomeadamente a Internet, podemos facilmente expressar ao mundo a nossa opinião sobre os mais diversos temas. A liberdade de expressão e/ou opinião é um direito de qualquer cidadão num país democrático. No entanto, não deixa de ser preocupante a forma como muitos expressam a sua opinião. Estou-me a referir, claro, às "calinadas" constantes com que nos deparamos muitas vezes ao vermos um comentário, um livro de visitas, ou mesmo até, nos próprios sites.
Atenção, uma coisa são as abreviaturas que utilizamos para escrever no Messenger, nos SMS, ou nos chats, (do tipo em vez de escrever que, escrever k, cortar as vogais numa palavra...) que são abreviaturas que servem para podermos falar mais rapidamente, e no caso dos SMS, poupar espaço nas mensagens. Outra são os erros em palavras que nada têm a ver com abreviaturas, têm a ver isso sim, com o não saber escrever correctamente o Português.
O mais grave é que alguns utilizadores não sabem escrever as palavras em Português correcto, e ao escreverem no Messenger ou por SMS escrevem de forma abreviada, mas quando se trata de empregar as palavras correctamente não o fazem, pois associam a "linguagem cibernética" à forma correcta de escrever Português. Mas as novas tecnologias têm uma vantagem interessante: os programas de processamento de Texto, têm uma funcionalidade que permite corrigir os erros ortográficos nas palavras, e mesmo, expressões mal aplicadas.
Também é importante não confundir as palavras utilizadas em linguagem corrente, principalmente entre os jovens (como bué, fixe, baril...), que e embora muitos não concordem, fazem parte da nossa cultura quotidiana, e funcionam como uma espécie de "códigos de expressão", sem nada de ofensivo e não comparável aos palavrões da linguagem do calão agressivo. No entanto, é sempre bom empregar o Português correcto, para que quando expressamos a nossa opinião de uma forma mais séria, não façamos má figura.
Porque todos nós temos direito a usar os nossos "códigos de linguagem" no dia-a-dia, mas devemos saber escrever (e falar!) correctamente a nossa língua, porque tratar bem o nosso idioma, é termos orgulho em sermos Portugueses!

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